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Bandeira da Restauração, 1640.
A bestialidade cega e insensível do Governo P. Coelho chegou ao ponto de eliminar a comemoração oficial de um dos mais importantes símbolos identitários da nação portuguesa – o Primeiro de Dezembro, data que assinala a restauração da independência nacional em 1640.
É mais uma demonstração da capitulação do governo da direita coligada. Da desistência. E da inevitável tentativa que se lhe seguirá de reescrever a história. O que não deixa de ser irónico, porquanto a direita portuguesa sempre se arvorou na defensora da tradição histórica do país…
É chocha a justificação económico-financeirista para acabar com o feriado que assinalava um dos mais épicos momentos da história de Portugal. Aliás, cheira mais a retaliação e a castigo sobre o povo, que a qualquer outra coisa.
Para que estes senhores que nos governam não se esqueçam:
Sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III assediaram o país durante vinte oito anos, sucessivamente vencidas pelo lado português: Montijo (1644), Arronches (1653), Linhas de Elvas (1659), Ameixial (1663), Castelo Rodrigo (1664) Montes Claros (1665). A paz entre os dois reinos da península só voltaria em 1668. Foram anos de guerra, dificuldades e isolamento.
Se para esta gente que nos governa este acontecimento histórico não merece recordação, o que é que merecerá?
Carlos Anjos in Praça de Bocage, com a devida vénia